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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Pecado Íntimo / Criancinhas (Little Children) - review



Pecado Íntimo (Little Children) - 2006

Dirigido por Todd Field, baseado em romance de Tom Perrotta. Só veio ao Brasil em 2007. Seu elenco contém Kate Winslet, Patrick Wilson, Jennifer Connelly, Noah Emmerich, e Jackie Earle Haley.


O diretor norte-americano Todd Field sempre demonstrou uma predileção por dramas psicológicos. Foi produtor e atuou em Eyes Wide Shut (De Olhos Bem Fechados), último filme de Stanley Kubrick. Em Pecados íntimos, além de dirigir, ele adaptou o roteiro em parceria com Tom Perrotta, autor do romance que originou o filme.


Há duas grandes reflexões propostas em Pecados íntimos, a crítica social da vida suburbana norte-americana e a crise dos personagens em assumir responsabilidades como se todos sofressem da síndrome de Peter Pan e não quisessem ter crescido nunca.


É comum na sociedade norte-americana que a mãe abandone sua vida profissional para dedicar-se aos filhos. São as famosas (Housewives" ou "Donas de Casa", como nós as conhecemos por aqui!


O livro, no Brasil, foi lançado pelo nome "Criancinhas", mas, de infantil não tem nada!


No livro, assim como no filme, o foco da trama está na inquietude nascida de vidas previsíveis de adultos que, simplesmente, cresceram e deixaram seus sonhos para trás. São homens e mulheres recém saídos da juventude, pais de filhos pequenos, vulneráveis pela transição de uma vida cheia de perspectivas e outra, confortável, mas previsível. Fazendo uso de humor-negro e muita sensibilidade, Perrotta revela uma face pouco explorada da geração que foi criada sob forte proteção dos pais e com poucos desafios a enfrentar, aqueles que mesmo aos 30 ainda são Criancinhas.


COMPARAÇÕES do LIVRO ao FILME!


  • No livro, Sarah havia tido experiências bissexuais durante a universidade, inclusive um relacionamento com uma estudante de intercâmbio coreana. O filme omite esses fatos.

  • Um personagem do livro não é citado no filme. Trata-se de Bertha, agente de trânsito da escola de Lucy, que dividiu com May a angústia de ter um filho preso e, por isso, tornaram-se amigas. No livro, é ela quem dá carona a Ronnie após a morte de May e entrega-lhe a carta que havia ajudado a escrever.

  • No filme, Richard viaja para San Diego para uma convenção e dá a Kay a desculpa de uma viagem à trabalho. Já no livro, ele abandona Sarah para fazer a mesma viagem. Já no final do livro, eles entram em acordo sobre o divórcio por telefona, ficando com Sarah a custódia de Lucy, a casa e o carro. O romance explora mais a vida de Richard, e revela que ele já havia tido um casamento e duas filhas já universitárias, e como começou sua obsessão por pornografia, além de citar como conheceu Sarah na época que ela ainda era uma barista (profissional especializado em cafés de alta qualidade, "cafés especiais", cujo principal objetivo é alcançar a "xícara perfeita". Também trabalha criando novos drinks baseados em café, utilizando-se de licores, cremes, bebidas alcoólicas, entre outros) do Starbucks.

  • Brad, o persongem vivido por Patrick Wilson, chama-se de Todd no livro, mas teve o nome trocado para evitar confusões com o diretor Todd Field.

  • No livro, Kathy está trabalhando num documentário sobre veteranos da Segunda Guerra Mundial, enquanto no filme, o documentário é sobre crianças que perderam seus pais na Guerra do Iraque. O romance é anterior ao conflito no Iraque.

  • Ronnie é suspeito do desaparecimento de uma menina que estudava na escola em que ele trabalhava no livro.

Basicamente, um livro bem escrito, um filme bem intencionado (ou não). Recomendo que vejam, com certeza!


Você não pode mudar o passado, mas o futuro pode ser uma história diferente. E ela tinha que começar em algum momento. (narrador)


A trilha sonora é assinda por Bart Howard, com a canção Fly Me To The Moon (In Other Words) interpretada por Sammy Nestico (a mesma música, com muitas versões feitas, de Frank Sinatra, também é cantada como encerramento da série original animada de NEON GENESIS EVANGELION); e por Tom Hedden, com a canção Battlefield Glory interpretado pelo mesmo.

Teve várias indicações e prêmios, como melhor adaptação, dentre outros.

Nota: 8,5

YATTA!

bye-Q!

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